27.7.15

Ao que parece sorri até não poder mais, beijei até não poder mais, disparatei até não poder mais, agarrei e fiquei até não poder mais. Mas se demais pareceu, na verdade o tempo se dissolveu.
Se há coisa que me dá gozo é a intemporalidade dos nossos momentos que não conta com hora certa para jantar, para adormecer, para o dia e para a noite.
Somos maiores que o tempo juntos, e menores que ele separados.

Inventamos o tempo. Desenhamos entre o encontro e a despedida a intemporalidade dos nossos momentos.

É ser e não ser, é estar e não estar.

É o que admiro em ti e não me pertence. É o ego, que me acorda as coisas do passado e me tenta a pegar-te pela mão. É que está a saber-me tão bem mirar-te deste lado e sabendo que nada nem ninguém te obriga a ficares por aqui, onde ainda te posso observar.


Que a sorte esteja comigo, só mais um pouquinho...